sábado, 6 de outubro de 2007

Quando meu corpo cansa...



QUANDO MEU CORPO CANSA
Jonattan Honorato

Não a nada que eu possa fazer... sobre o mar os dias esgotam meu corpo e carrego o peso da responsabilidade que escolhi. Não me tomo por enganado, ainda que tenha sido...

Sinto-me ferido pela força que meu corpo tem doado a todo o empenho da minha mente. Ouça o silêncio bramido: Estou só. Eu sei, mas eles não sabem... que dentro de mim a uma multidão de vozes das quais eu não consigo distinguir seu real valor. Não aqui!

Aqui eu piso sobre o mar, o sol reluz na minha cara blindada de toda saudade que o tempo quis... Aqui, eu sou um tanque de guerra. O repto não é limite e não há quem dite os passos que hei de dar. Estou machucado mas meu ímpeto avança... o vento é forte e me lança contra as grades que me separam da morte e do mar. Mas a noite... bem a noite estou só e meu corpo cansa... refletindo a laboriosa dança do dia que acabou de findar.

Ansioso, procuro como criança os seios da mãe que lhe alimentam a vida... e a vida em mim é te achar agora, ao fechar os meus olhos mareados como um sucinto oceano.

Quando meu corpo cansa te guardo em minhas lembranças e mantenho em mim a temperatura do seu corpo... os meus sonhos a ti pertencem, e hoje só o que eu quero é aconchegar minha cabeça na recordação de um beijo seu.

[por: Jonattan Honorato - 06/10/07 as 19:21hs]

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