domingo, 9 de dezembro de 2007

USEMOS O TEATRO PARA ISSO...

O sistema quer nos transformar em observadores passivos! E está dando certo. Estamos perdendo a vontade de viver, a paixão, a capacidade de fazermos o que quer que seja e de estarmos de bem com a vida. Parece uma doença, se espalhando. Estão fazendo com que a gente se destrua, um a um.

Sempre tire tuas próprias conclusões. A ciência, a arte, a religião, o filosofado... São diferentes linguajadas que explicam as mesmas “coisadas”. Procure todas as respostas, e desconfie delas! Suncê só existe, enquanto existir a dúvida, entende? Não se pode ter certeza de nada. É tudo peça de um quebra-cabeça. Suncê tem que ter fé.

O medo. As pessoas têm medo de tudo, principalmente umas das outras. Ninguém confia mais em ninguém. O nível de medo que uma pessoa sente é resultado do “morde-e-assopra” no qual ela foi criada. Sacou? Se você foi criado por militares, provavelmente vai ser um cagão pro resto da vida. Se seus pais foram hippies, corre grande risco de virar kamikaze.

O ser humano é um passarinho. Se ficar muito tempo na gaiola, depois não consegue voar. Se viver sempre solto e um dia o prenderem, ele morre. Se uma pessoa é infeliz, que aceite isso e tome uma atitude. Se revolte ou então se mate. Quero gritar para o mundo o quão estúpido ele é!

Talvez apenas destruindo o mundo, ele possa ser reconstruído. Mas não penso em uma destruição física, armada, nem nada parecido. Estou falando da destruição dos conceitos, pré-conceitos, idéias, hábitos, formas, atitudes... Que se foda a ditadura criada pela sociedade contra ela mesma! As pessoas têm que ter consciência da sua liberdade e das suas possibilidades! O mundo precisa se curar da própria doença!

A vida da gente é um monte de vida misturada. E cada uma delas tem sete anado. A cada sete anado, uma morre e outra nasce, mais forte que a uma.

Nós somos uma formiguinha dentro de um formigueiro gigante voltado pra própria sobrevivência. É medíocre. A gente é obrigado a reprimir as nossas energias vitais, nosso ódio, nossa libido, tudo!

Viver é bom demais! Não tem porque a gente fugir da vida. Já que a gente não aceita a mediocridade, vamos completar o silêncio do mundo com as nossas idéias, os nossos desejos, as nossas fantasias! Não importa o quão vazio o mundo esteja, a gente pode fazer dele o que a gente bem desejar!Vamos pro mundo com menos medo, menos preguiça... Vai que dá certo? Que a febre se espalha? Se der errado, azar. Quem somos nós pra curar a sociedade?

(Peça Lado B de Sacha Bali)

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