CARTA AOS HOMENS, PETIÇÃO AS MULHERES

CARTA AOS HOMENS, PETIÇÃO AS MULHERES.
Jonattan Honorato

Mulheres que se amam cortam meu peito
Sentimentos que sangram deitado no leito.
Em pleito, um único pedido:
Mulheres que se amam... Namorem comigo?

Mulheres são feitas de “M’s” quase perfeitos
Muito mais do que pernas, bunda, barriga e seios...
São diferentes... Atraentes!
Tanto que os homens se confundem e mentem.

Os homens?!?

Tão bobinhos com seus “H’s” mal feitos
As entregaram a um sentido perdido.
Eu dizia: “pensem homens! Pensem!”...
E eles pensavam com o pinto.

Quem suportaria isso?

A muito tempo deixaram de acreditar no amor.

As mulheres pouco mudaram
E muitas delas ainda esperam o príncipe encantado.
Mas em vez dos cavalos brancos...
Eles compraram carros “tunados”!

Os grandes bailes, ainda são bailes...
Agora chamados “Funk” com suas “melôs” selvagens.
E no lugar dos beijos aromatizados...
Eles trazem em suas bocas penduricalhos... cigarros!

Ah... pobre raça “hominiana”...
Cortejam suas mulheres pra cama
Como quem abate uma presa

E o amor como uma alma indefesa
Fecha os olhos e goza o gozo do Bozo.
Cansado... só lhe resta isso:
Fechar os olhos!

E elas fecham os olhos pra sempre!

Fecham os olhos pra vocês
Fecham os olhos pra mim

Amigam-se... se amam!

Passam a acreditar que não precisam de você
Que todos os homens são iguais
Feitos da mesma molécula!
Provavelmente extraída de algum animal
Ou melhor... de alguma meleca!

Seja como for a frase é essa:
“Que os hHomens não prestam!”

E o pior... É que sou incluído nessa!

E até provar que santos não fazem milagres
As mulheres se amam.
Juntas abrigam-se dos seus atos covardes.

E quando descobrem que ainda existem príncipes perdidos
Os tratam como animais extintos
Fazem deles seus melhores amigos

Peça rara!

Não toque, não use, não suje...
Somente admire. Ilustre!

Mulheres que se amam...
Adoro essa fama,
Mas quero ter sentido, quero ser sentido. Tocado...
Quero que me lustrem!

Somos culpados sim!
Mas eu te peço,
Olha pra mim...

Peço perdão por todos os homens
Faço-me culpado... me culpem!
Mas que esse martírio dure uma noite só
Que eu chore, sofra, ou que quase morra tudo em uma noite só...

Minha querida, uma coisa vou lhe contar;
Os homens... os homens não vão mudar,
mas você precisa acreditar que eu não pertenço a nenhum dos mundos.

Ao abraçar o amor escolhi vagar
Submundo, imundo...
Até que atenda meu clamor
Que ecoa desse poço

Profundo é meu sentimento
Que esperançoso faz esse pedido:
Mulheres que se amam, de todas as danças esqueçam as tranças...
E namorem comigo.

Faz mais uma vez ouvir:
“Jonattan... eu te quero pra mim.”


Por Jonattan Honorato [25/10/07 as 14:49h]